9 circuitos que a Fómula 1 já correu e hoje não passa nem perto
A história da Fórmula 1 é marcada por momentos incríveis — e, às vezes, inacreditáveis. De carros com seis rodas a campeões improváveis, a categoria também passou por circuitos memoráveis que não fazem mais parte do calendário. Veja agora nove pistas que já estiveram no calendário da categoria e hoje estão apenas na lembrança.
Os circuitos mais surpreendentes onde a F1 já correu
Circuito de Reims-Gueux
Vencer em Reims-Gueux exigia paciência e habilidade. Localizado no interior da França, o circuito triangular de 9 km utilizava estradas públicas. O domínio do vácuo era essencial para ganhar vantagem. Entre 1950 e 1966, Reims sediou 11 Grandes Prêmios da França, atraindo pilotos graças ao alto prêmio em dinheiro e às recompensas adicionais, como caixas de champanhe por recordes de volta. Com longas retas, o circuito oferecia disputas emocionantes até sair do calendário.
Circuito de Monsanto
Em 1959, o Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, foi palco do único Grande Prêmio de F1 de Portugal. A pista urbana desafiava os pilotos com superfícies variadas, curvas cegas e trechos arborizados. Stirling Moss venceu a corrida, mas a pista nunca mais foi utilizada, fechando definitivamente em 1971.
Sebring
O Sebring International Raceway sediou o primeiro Grande Prêmio dos EUA fora de Indianápolis, em 1959. Construído em uma base aérea desativada, o circuito enfrentou críticas por sua localização isolada e infraestrutura limitada. Apesar disso, marcou a história como uma das poucas pistas privadas da época. Atualmente, é difícil imaginar Sebring como palco de uma corrida de Fórmula 1.
Nürburgring
Conhecido como o “Inferno Verde”, o Nürburgring original era um circuito de 22,8 km com mais de 170 curvas. De 1951 a 1976, desafiou pilotos com sua superfície irregular e percurso sinuoso pelas florestas da Renânia. Stirling Moss destacou a dificuldade, afirmando que poucos pilotos no mundo estavam aptos a competir lá. Apesar dos perigos, Nürburgring permanece icônico na história do automobilismo.
Circuito de Ain-Diab
Em 1958, Casablanca, no Marrocos, recebeu seu único Grande Prêmio em Ain-Diab, um circuito construído em apenas seis semanas. A pista combinava trechos costeiros e desertos, mas sua alta periculosidade marcou o evento, com a vitória de Stirling Moss e a trágica morte de Stuart Lewis-Evans. Após esse episódio, Ain-Diab nunca mais foi usado.
Circuito Bremgarten
Localizado em Berna, Suíça, Bremgarten era famoso por suas curvas rápidas e ambiente florestal. A sombra das árvores dificultava a visibilidade e acumulava água em dias chuvosos. A pista sediou corridas até 1955, quando o desastre de Le Mans levou a Suíça a proibir eventos de automobilismo por décadas.
Circuito de Pescara
A maior pista da história da F1, com 25,9 km, sediou um único Grande Prêmio em 1957. Localizado na Itália, o circuito era tão extenso que os organizadores não conseguiam cobrar ingressos de todos os espectadores. Após alguns anos como palco de corridas esportivas, Pescara foi desativado em 1961.
AVUS
O Grande Prêmio da Alemanha de 1959 aconteceu no circuito AVUS, famoso por suas longas retas e a curva inclinada apelidada de “Muro da Morte”. A inclinação de 43 graus, pavimentada com tijolos, era traiçoeira e causou a morte de Jean Behra em uma corrida de apoio. Após esse evento, AVUS foi excluído do calendário da F1.
Circuito de Charade
Conhecido como Clermont-Ferrand, o Circuito de Charade serpenteava ao redor de um vulcão extinto na França. Utilizado em quatro GPs entre 1965 e 1972, o traçado desafiador causava enjoos em pilotos como Jochen Rindt. Em 1972, pedras soltas resultaram em acidentes graves, incluindo a lesão ocular que encerrou a carreira de Helmut Marko. O circuito foi considerado perigoso e abandonado.