Rubinho quebra o silêncio e revela ajuda da Ferrari para Schumacher muito antes da Áustria

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Se você pensa que foi na Áustria, em 2002, a primeira ordem da Ferrari para Rubens Barrichello, beneficiando Michael Schumacher, está enganado. Rubinho revelou que sua primeira instrução para permanecer atrás de Michael Schumacher na Ferrari ocorreu logo em sua corrida de estreia pela equipe. O brasileiro ingressou na Scuderia em 2000, quando o alemão já estava consolidado como o principal piloto e a caminho de conquistar uma sequência de cinco títulos mundiais consecutivos.

O piloto brasileiro recorda que foi orientado a “diminuir as rotações” durante sua primeira prova, em Melbourne, naquele mesmo ano. Barrichello, que fez parte de todas as temporadas vitoriosas de Schumacher na Ferrari antes de se transferir para a Honda em 2006, refletiu sobre o impacto da hierarquia dentro da equipe.

Ele reconheceu que, embora ser piloto da Ferrari trouxesse uma pressão adicional, isso não se comparava à incerteza de sua fase como piloto júnior, quando ainda dependia de financiamento para competir. No entanto, ao alcançar o topo da Fórmula 1, admitiu que Schumacher provavelmente foi o melhor piloto daquela época. Mesmo assim, apontou que, devido à política interna da equipe, “nunca saberemos ao certo” o quanto isso influenciou.

Barrichello deu mais detalhes sobre a situação

Ao relembrar sua transição da Stewart para a Ferrari, Barrichello reconheceu que a mudança trouxe grandes desafios, mas que pilotar um dos carros mais competitivos do grid compensava. Ele também destacou que, logo na estreia, quando registrou a volta mais rápida em uma dobradinha da Scuderia, recebeu pela primeira vez instruções para reduzir o ritmo.

O momento fora do carro era o mais difícil, com muito mais mídia e viagens. Havia artigos dizendo o que você podia ou não podia falar. Mas, sempre que eu entrava no carro, sentia gratidão por estar dirigindo uma máquina tão boa, e isso fazia valer a pena”, afirmou Barrichello no podcast Beyond the Grid.

Ele também comentou sobre as tensões nos bastidores da equipe, mas ressaltou sua gratidão pelas oportunidades ao longo da carreira. “Passei uma hora com Ross [Brawn] e Jean Todt discutindo o que poderia ser feito de forma diferente. Fui duro com eles em alguns momentos, mas precisava ser eu mesmo. Hoje, vejo muitos pilotos apenas desabafando na imprensa.”

Ao ser questionado sobre o talento de Schumacher, Barrichello concluiu: “Schumacher era melhor que eu? Provavelmente. Mas qual era a diferença? 51-49? 70-30? Nunca saberemos, porque a política interna não permitia que eu estivesse completamente livre.

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