Mika Hakkinen traz opinião animadora sobre M. Schumacher
Mika Hakkinen acredita que, apesar dos desafios, a porta da Fórmula 1 ainda está aberta para Mick Schumacher. Para o bicampeão mundial, o piloto alemão só precisa conversar com as pessoas certas para viabilizar seu retorno ao grid em 2026.
Schumacher, de 25 anos, disputou seu último Grande Prêmio em 2022, encerrando a temporada em Abu Dhabi na 16ª posição. Poucos dias antes, a Haas já havia comunicado que não renovaria seu contrato. Desde então, ele permaneceu próximo à F1 como piloto reserva da Mercedes, mas viu suas esperanças de retorno se frustrarem ao ser descartado por Mercedes, Sauber, Alpine e Williams nas decisões para 2025.
Diante disso, Schumacher optou por voltar às competições em tempo integral, deixando a Mercedes e renovando com a Alpine para mais uma temporada no Campeonato Mundial de Endurance (WEC). No entanto, seu sonho continua sendo a Fórmula 1.
A F1 ainda é um objetivo para Mick Schumacher?
“Meu sonho é meu sonho”, afirmou o alemão à RTL. “Quando estou no carro, estou 100% focado. Seja no ambiente do WEC, no simulador ou nas reuniões, estou completamente imerso no que faço.”
Ainda assim, Schumacher admite que pensa na Fórmula 1 nos momentos de folga. Enquanto figuras como Helmut Marko e Bernie Ecclestone sugeriram que ele seguisse outro caminho, Hakkinen acredita que ele deve continuar tentando.
Hakkinen vê potencial no retorno de Schumacher
Hakkinen, um dos principais rivais de Michael Schumacher nos anos 1990, enxerga idade e experiência como trunfos para Mick. “Acho que ele ainda tem uma chance de voltar à Fórmula 1. A porta ainda está aberta”, declarou ao Motorsport.com. “Ele só precisa falar com as pessoas certas. Ele tem experiência na F1, competiu em outras categorias e ainda é jovem. Esses são fatores positivos.”
No entanto, o ex-piloto ressalta que a categoria é extremamente exigente. “Se você comete três, quatro, cinco erros e destrói o carro, isso custa uma fortuna para a equipe, e ninguém quer gastar dinheiro com reparos.”
Hakkinen também destaca a importância de um chefe de equipe que apoie o piloto. “Na F1, eu assumia riscos e sofri alguns acidentes. Mas meu chefe de equipe me incentivava a buscar o máximo desempenho.”
Isso foi algo que Mick não encontrou na Haas, segundo seu tio Ralf Schumacher. Sob comando de Guenther Steiner, o jovem piloto teve dificuldades após acidentes graves em Jeddah, Mônaco e Suzuka, acumulando uma conta de reparos estimada em €3 milhões. O então chefe da equipe não escondeu sua insatisfação, deixando claro que a vaga de Schumacher estava em risco.
Diante desse histórico, Steiner não vê um caminho para o retorno do alemão à F1. “Será difícil”, afirmou à RTL. “Se você passa muito tempo fora do grid e havia muitas vagas disponíveis para 2025, é complicado conseguir uma chance para 2026.”
Sobre a possibilidade de Schumacher estar no grid daqui a dois anos, Steiner foi direto: “Não acho que ele conseguirá.”