Esse é o REAL motivo que fez a McLaren renovar com Oscar Piastri

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A McLaren surpreendeu ao anunciar a renovação do contrato de Oscar Piastri, garantindo sua permanência na equipe por mais tempo, mesmo com duas temporadas restantes em seu atual vínculo. O piloto australiano assinou um novo acordo de longo prazo, consolidando sua posição no time de Woking e reforçando a busca da equipe por estabilidade.

McLaren reforça compromisso com Piastri

Às vésperas da temporada de 2025 da Fórmula 1, a McLaren oficializou a extensão “multianual” do contrato de Piastri. Como ele já estava garantido até o final de 2026, a nova renovação sugere que permanecerá na equipe até, pelo menos, o fim de 2028 – prolongando sua passagem na Papaya por mais quatro temporadas e levando-o até os 27 anos.

Essa é a segunda extensão de contrato de Piastri com a McLaren, já que ele havia assinado um novo compromisso no final de sua primeira temporada, garantindo sua permanência até 2026. O novo acordo evidencia a confiança mútua entre piloto e equipe, além de reforçar o potencial do australiano como uma peça-chave no futuro da Fórmula 1.

Nos últimos anos, a McLaren tem adotado uma abordagem de antecipação na renovação de contratos, buscando manter seus pilares para a luta por títulos. A estratégia reflete a convicção da equipe de que tem os elementos necessários para construir uma nova era vitoriosa, e assegurar a continuidade de seus principais talentos é um passo fundamental nesse caminho.

A conquista do campeonato na última temporada, a primeira da McLaren desde 1998, foi impulsionada pelo desempenho sólido de Piastri ao lado de seu companheiro mais experiente. Embora Lando Norris tenha assumido a posição de líder da equipe, as vitórias e pódios de Piastri mostraram que ele está se aproximando do nível de seu colega, mesmo com menos experiência na categoria.

Comprovadamente uma equipe vencedora, a McLaren agora enfrenta o desafio de manter sua estrutura intacta. A Red Bull, por exemplo, experimentou nos últimos anos a dificuldade de segurar seus talentos, com rivais tentando enfraquecer sua base. O próprio mercado de F1 viu mudanças significativas, como Jonathan Wheatley deixando a Red Bull para ser chefe de equipe na Sauber, e a McLaren contratando Rob Marshall e Will Courtenay.

Suposto interesse da Red Bull

No final de 2024, surgiram rumores de que Piastri poderia ser alvo da Red Bull, reacendendo o interesse de Milton Keynes no piloto. Christian Horner já havia demonstrado arrependimento por não ter recrutado Piastri para o programa de jovens pilotos da equipe, enquanto Helmut Marko sugeriu que Mark Webber, empresário de Piastri, tentou abrir negociações para uma possível mudança. Contudo, o próprio piloto desmentiu qualquer intenção de deixar a McLaren.

Dado o histórico de sua chegada à equipe – após uma polêmica saída da Alpine –, a influência de Webber nos bastidores foi determinante. Mas, independentemente de quaisquer conversas com a Red Bull, a renovação de Piastri mostra que ele acredita no projeto da McLaren e em seu potencial de se manter como candidata a vitórias e títulos.

Os principais nomes da estrutura da McLaren também estão assegurados para o futuro: Zak Brown tem contrato até 2030, Andrea Stella renovou seu vínculo recentemente, e a equipe reforçou sua liderança técnica com extensões contratuais. Com a estabilidade garantida, a McLaren minimiza riscos de perder peças-chave e evita ser envolvida nos tradicionais rumores da “silly season”.

A decisão de Piastri em permanecer indica que ele não enxerga oportunidades melhores a curto prazo. A Mercedes aposta em sua própria geração de talentos, a Ferrari conta com Leclerc e Hamilton até 2026, e a Red Bull começa a reorganizar seu programa de jovens pilotos.

O próximo grande desafio: a dinâmica entre Norris e Piastri

Com a McLaren cada vez mais competitiva, a relação entre seus dois pilotos pode se tornar um dos principais pontos de atenção nos próximos anos. Em 2024, a equipe desafiou a hegemonia da Red Bull, e Piastri demonstrou algumas oscilações naturais de um piloto em seu segundo ano. No entanto, houve momentos de tensão com Norris, como nos GPs da Hungria e da Itália.

Agora, Piastri tem o contrato mais longo entre os pilotos da McLaren e, com a confiança que a equipe deposita nele, é natural que ele continue a evoluir e buscar um papel de maior protagonismo – ainda que isso signifique rivalizar com Norris.

Essa será a próxima grande questão para a McLaren. Equipes como Red Bull e Mercedes têm uma hierarquia clara entre seus pilotos, mas McLaren e Ferrari contam com duas estrelas em ascensão, o que pode gerar desafios internos. Enquanto a Red Bull mantém Verstappen como líder absoluto e a Mercedes aposta em sua dupla de forma estratégica, a McLaren terá que administrar dois jovens talentosos e ambiciosos, ambos com potencial para liderar a equipe.

Se Piastri conseguir minimizar as inconsistências e evoluir ainda mais, poderá desafiar a supremacia de Norris dentro da equipe e lutar para se tornar o principal nome da McLaren. A grande questão é: como a equipe lidará com essa competição interna quando ambos estiverem disputando um título?

Harmonia entre companheiros de equipe funciona bem enquanto se está em ascensão, mas quando ambos começam a disputar vitórias e campeonatos, os interesses individuais falam mais alto – algo que Toto Wolff na Mercedes conhece bem. Se a McLaren realmente pretende iniciar uma nova era vitoriosa, precisará garantir que sua dupla de pilotos seja um trunfo, e não um problema a ser administrado.

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