Tente não engasgar com a taxa paga pela Cadillac para entrar na Fórmula 1
A Cadillac recebeu aprovação para ingressar na Fórmula 1 a partir de 2026, mas para garantir sua vaga como a 11ª equipe do grid, precisou pagar uma taxa substancial, estimada em centenas de milhões de dólares.
Fontes no paddock de Melbourne, durante o Grande Prêmio da Austrália, informaram ao site RacingNews365 que a Cadillac desembolsou aproximadamente US$ 450 milhões (R$ 2,6 bilhões). Esse valor foi distribuído igualmente entre as 10 equipes já estabelecidas na categoria.
Essa cobrança é conhecida como “taxa antidiluição”, introduzida no Acordo de Concórdia de 2021 como uma forma de compensação financeira para as equipes existentes. Inicialmente, essa taxa estava fixada em US$ 200 milhões, montante que qualquer nova equipe deveria pagar para compensar a redistribuição do prêmio em dinheiro, que passaria a ser dividido entre 11 times em vez de 10.
Valor acabou sendo alterado
No entanto, algumas equipes consideravam esse valor inadequado, pois, atualmente, todas as escuderias são financeiramente sustentáveis e possuem avaliações que variam de centenas de milhões a bilhões de dólares.
O atual Acordo de Concórdia expira no fim de 2025, com as equipes e a FOM negociando um novo contrato para os cinco anos seguintes. A Cadillac ingressará como equipe cliente da Ferrari em 2026, com a General Motors planejando fornecer sua própria unidade de potência a partir de 2028.
A trajetória da Cadillac rumo à Fórmula 1 teve início em janeiro de 2023, quando a FIA abriu um processo de “Manifestação de Interesse”. A Andretti apresentou uma candidatura em parceria com a GM e a Cadillac como fornecedora de motores.
Embora tenha sido aprovada pela FIA, a proposta foi rejeitada pela FOM no fim de 2023. No entanto, a possibilidade de uma entrada da GM permaneceu aberta, levando à saída de Michael Andretti do comando do projeto em meados de 2024, com Dan Towriss assumindo a liderança da iniciativa.
A inscrição da Cadillac foi aprovada no fim de 2024, e a autorização definitiva veio em 7 de março de 2025. A equipe já nomeou Graeme Lowdon, ex-chefe da Manor, como diretor, além de contar com Nick Chester, ex-Renault, como diretor técnico, e Pat Symonds, ex-Benetton, Renault, Williams e F1, em um papel de consultoria técnica executiva.