O tetracampeão de Fórmula 1 Alain Prost revelou ter enfrentado momentos difíceis ao longo de sua carreira, incluindo ameaças de morte e até um carro incendiado após um polêmico Grande Prêmio da França em 1982. O ex-piloto também questionou o ódio que ainda recebe de alguns fãs de Ayrton Senna.
Mesmo antes do incidente de 1982, Prost já havia adotado posicionamentos políticos controversos, o que gerou críticas da mídia e do público francês. “Houve o episódio com René Arnoux no Grande Prêmio da França de 1982, onde uma ordem de equipe não foi respeitada”, disse Prost ao Canal+.
“Mas acabei sendo visto como o vilão da história. Esse sentimento de injustiça, com duas formas diferentes de manipulação—uma pelo público e outra pela mídia—me sufocou completamente.”
Busca por paz obrigou o francês a tomar decisão
Diante dessas circunstâncias, Prost decidiu sair da França em busca de tranquilidade. “Foi nesse momento que optei por deixar o país. Recebi mensagens ameaçadoras… meu carro foi incendiado, houve ameaças de morte e mensagens de ódio no meu telefone antes de cada corrida. Já cuspiram no meu carro na rua, aconteceu uma ou duas vezes, e isso é realmente estranho. Naquela época, aprendi como funciona a mentalidade francesa, dividida meio a meio”, comentou.
“Há pessoas que te admiram e veem seu trabalho como brilhante, enquanto outras misturam inveja e ódio. Por quê? Não sei, mas, nesse caso, isso realmente me incomodou.”
Além das dificuldades na França, Prost também foi alvo da hostilidade de fãs de Ayrton Senna, seu grande rival na Fórmula 1. “Por que as pessoas te odeiam? Quando tudo aconteceu com Ayrton, eu costumava dizer: ‘Entendo que você seja fã dele, mas isso não significa que precisa me odiar, nem que ele precise me odiar’.”
Essas declarações de Prost ajudam a compreender os desafios que ele enfrentou dentro e fora das pistas, bem como a intensidade das rivalidades na Fórmula 1.