Bin Laden já foi patrocinador da Fórmula 1 e poucos lembram disso

0

Até o final da década de 1960, a publicidade na Fórmula 1 era um tema complicado. No entanto, quando os fornecedores de pneus e combustíveis, como Firestone, BP e Shell, anunciaram sua saída do esporte devido à proibição de colocar adesivos nos carros, a FIA decidiu inovar e permitir o patrocínio a partir de 1968, o que representaria uma verdadeira revolução para o esporte.

Confira alguns dos patrocínios mais curiosos e inusitados da história da categoria:

Gold Leaf

Embora não seja um patrocínio estranho, a Gold Leaf é amplamente reconhecida como o primeiro patrocinador da história da Fórmula 1. Antes de 1968, os fornecedores como Firestone e outros podiam oferecer apoio, mas foi a fabricante de cigarros Imperial Tobacco que causou uma revolução ao associar sua marca a um dos times mais poderosos da época, a Lotus. A equipe passou a ser conhecida como Gold Leaf Team Lotus, e o carro adotou um novo esquema de cores, com a famosa pintura vermelho-branco-ouro. Desde então, o patrocínio se tornou uma parte fundamental da Fórmula 1.

Bitten Hisses

Durante anos, a publicidade de marcas de tabaco foi predominante na F1. Marcas como Marlboro, Rothmans e West investiram milhões, mas nos anos 90, com a proibição da publicidade de tabaco em vários países, os departamentos de marketing buscaram alternativas criativas. Na equipe Jordan, a marca Benson Hedges foi substituída por Bitten Hisses (Chiados Mordidos), acompanhada de uma pintura temática com uma cobra. Outros nomes como Buzzin Hornets (Vespas Barulhentas), Be On Edge (BensOnHedges) e Bitten Heroes (Heróis Mordidos) também foram usados em seguida.

Eiffelland

Gunther Hennerici, que fez fortuna vendendo trailers nas décadas de 60 e 70, era um grande fã de automobilismo e decidiu comprar sua própria equipe de Fórmula 1. Em 1972, ele adquiriu um March 721 excedente, fez modificações com o designer Luigi Colani e colocou Rolf Stommelen no volante. No entanto, após apenas oito corridas, o patrocinador perdeu o interesse e Hennerici fechou a equipe.

Bin Laden

No início dos anos 70, Frank Williams enfrentou a perda de seu amigo Piers Courage e também o apoio financeiro da família Courage. Em busca de novos investidores, ele entrou em contato com empresários sauditas, incluindo a empresa Albilad, pertencente à então desconhecida família Bin Laden, a mesma do futuro terrorista Osama Bin Laden. A equipe foi brevemente renomeada para Albilad-Saudi Racing Team, mas após dois títulos de construtores, os sauditas interromperam o patrocínio, e a família Bin Laden se retirou da Fórmula 1.

ABBA

Em 1981, o sueco Slim Borgudd, de 34 anos, recebeu uma proposta para substituir Jan Lammers na ATS, uma equipe em dificuldades financeiras. Porém, Borgudd precisava de recursos, então foi até seu amigo Björn Ulvaeus, com quem fundou a famosa banda pop ABBA, responsável por hits como Dancing Queen e Mamma Mia. Björn concordou em ajudar seu ex-colega, desde que o nome da banda fosse estampado no carro. Embora Borgudd não tenha recebido nada, a visibilidade gerada pela mídia ajudou a atrair mais patrocinadores para ele.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.