Decisão foi tomada e Michael Schumacher perde a chance de ter outro título reconhecido
Mais um capítulo triste marca a história de Michael Schumacher, desta vez relacionado às suas origens. O heptacampeão mundial nasceu em 1969 em Kerpen, uma pequena cidade na Renânia do Norte-Vestfália. Foi lá que Schumacher cresceu, ao lado do irmão Ralf, e deu seus primeiros passos no automobilismo, competindo no kartódromo administrado pela família.
Além disso, Kerpen foi o cenário de marcos importantes de sua vida, como seu casamento com Corinna, em 1995. Representando sua cidade natal ao redor do mundo, Schumacher levou Kerpen ao conhecimento global, mas as autoridades locais não parecem reconhecer o impacto de sua trajetória.
Negativa ao título de cidadão honorário
De acordo com o jornal Kölnische Rundschau, Schumacher não receberá o título de cidadão honorário de Kerpen. A decisão gerou duras críticas, especialmente do irmão de Michael, Ralf, que se manifestou indignado: “Essa decisão é típica da Alemanha – comentou ele, de 49 anos – o sucesso e as conquistas já não têm valor para muitos. Esse é um problema do nosso país: em vez de celebrarem uma personalidade tão extraordinária e suas realizações, simplesmente deixam tudo como está.”
A decisão também irritou os fãs do ex-piloto. Reiner Ferling, presidente do fã-clube oficial de Schumacher, expressou sua insatisfação: “Eles deveriam ter consultado a família antes de qualquer coisa – afirmou ele. – Depois de tudo o que aconteceu, duvido que a família ainda queira que Michael seja homenageado dessa forma. Estou muito frustrado. Como pode a cidade não conceder esse título a alguém que conquistou sete campeonatos mundiais por nós? O tratamento dado a Michael é escandaloso, mas decidi não inflamar ainda mais a situação.”
Ferling havia iniciado uma petição para conceder a cidadania honorária ao piloto no décimo aniversário do grave acidente de esqui de Schumacher. Apesar de uma receptividade inicial por parte do prefeito Dieter Spürck, o conselho municipal decidiu, por unanimidade, que Kerpen não precisa de um código de honra para reconhecer os cidadãos que se destacam. Assim, a cidadania honorária foi descartada.