Eddie Jordan, famoso patrão de Michael Schumacher na Fórmula 1, morre aos 76 anos
O mundo da Fórmula 1 amanheceu em luto antes do GP da China. Eddie Jordan, ex-chefe de equipe e comentarista, faleceu nesta quinta-feira (20), aos 76 anos, após uma batalha contra um câncer agressivo.
Jordan enfrentava um câncer de bexiga e próstata, que acabou se espalhando para a espinha e a pélvis. O diagnóstico foi confirmado em dezembro do ano passado.
Em comunicado oficial, sua família lamentou a perda:
“É com profunda tristeza que anunciamos o falecimento de Eddie Jordan OBE, ex-proprietário de equipe de Fórmula 1, comentarista de TV e empresário. Ele faleceu pacificamente, ao lado de seus familiares, na Cidade do Cabo, nas primeiras horas do dia 20 de março de 2025, após lutar contra uma forma agressiva de câncer de próstata nos últimos 12 meses.”
Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, prestou homenagem ao irlandês:
“Estamos profundamente tristes com a perda repentina de Eddie Jordan. Com sua energia inesgotável, ele sempre fez as pessoas sorrirem, sendo genuíno e brilhante em todos os momentos. Eddie foi um protagonista de uma era da F1 e fará muita falta. Meus pensamentos e os de toda a família da Fórmula 1 estão com seus familiares e entes queridos.”
Carreira de Eddie Jordan na Fórmula 1
A trajetória de Eddie Jordan no paddock da Fórmula 1 se estendeu por quase quatro décadas. Ele fundou a Jordan Grand Prix em 1991 e comandou a equipe até 2005. Seu início no automobilismo foi como piloto na Fórmula 3 e Fórmula 2, além de uma participação nas 24 Horas de Le Mans.
No final dos anos 1970, Jordan criou sua própria equipe de monopostos, chegando à Fórmula 1 em 1991. Logo no primeiro ano, foi responsável por dar a Michael Schumacher sua estreia na categoria. Ao longo dos anos, nomes como Rubens Barrichello, Damon Hill, Jean Alesi e Martin Brundle também passaram pela Jordan.
Nos anos 1990, a equipe se tornou uma força competitiva, com destaque para a dobradinha histórica no GP da Bélgica de 1998, quando Damon Hill e Ralf Schumacher garantiram o 1-2 para o time. Em 1999, a equipe viveu seu auge, conquistando duas vitórias com Heinz-Harald Frentzen e terminando o campeonato na terceira colocação.
Uma das histórias mais curiosas da Fórmula 1 envolve a Jordan: no GP do Brasil de 2003, a corrida foi encerrada prematuramente devido à chuva, e Kimi Räikkönen foi declarado vencedor. No entanto, após revisão, a vitória foi oficialmente atribuída a Giancarlo Fisichella – a última da história da Jordan.
Após vender sua equipe em 2005, Eddie Jordan migrou para a televisão, tornando-se comentarista da BBC e do Channel 4, conquistando fãs com seu carisma e conhecimento técnico. Recentemente, também atuava como empresário de Adrian Newey, desempenhando um papel fundamental na saída do projetista da Red Bull.
Eddie Jordan deixa um legado marcante na Fórmula 1, sendo lembrado por sua personalidade vibrante, olhar apurado para talentos e contribuições inestimáveis ao esporte.