Equipe de Gabriel Bortoleto diz NÃO e bate o pé na Fórmula 1
A FIA está considerando a possibilidade de abandonar as novas regras de motores híbridos turbo de 2026 e voltar aos motores V10 movidos exclusivamente por combustíveis sustentáveis entre 2028 e 2029. Contudo, a Audi, equipe que contará com o brasileiro Gabriel Bortoleto a partir de 2026, se opôs publicamente a esse possível retorno dos motores clássicos na Fórmula 1.
A direção da F1 está avaliando a viabilidade de cancelar as novas regras de motores híbridos programadas para entrar em vigor em 2026. Se essa decisão for tomada, pode ser possível manter os motores atuais por mais alguns anos, em vez de implementar as novas regulamentações. No entanto, essa mudança exigiria a concordância unânime de todas as equipes, o que parece improvável.
Equipes que seriam a favor da mudança
Entre as equipes favoráveis à transição para os motores V10 estão a Red Bull e a Ferrari. Contudo, a Audi, que substituirá a Sauber em 2026, já se posicionou contra a mudança, afirmando que sua decisão de entrar na Fórmula 1 foi tomada com base nas regras dos motores híbridos.
Em um comunicado, a Audi declarou: “As novas regras de motores híbridos, especialmente para o período após 2025, foram um fator crucial para a decisão da Audi de ingressar na Fórmula 1.”
A fabricante alemã está investindo no desenvolvimento de motores híbridos turbo, com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido nos carros de rua. Portanto, a Audi se opõe totalmente a qualquer mudança nesse sentido.
De acordo com as regras de motor de 2026, a parcela de potência elétrica na unidade de potência será aumentada para 50%. Essas novas regras visam atrair novos fabricantes para o esporte, o que levou a Audi e a Honda a decidir permanecer na F1.
As unidades de potência definidas para 2026 deverão ser usadas até o final de 2030. No entanto, a FIA está considerando uma alteração nas regras de motor já para 2028, citando o alto custo de produção desses motores como uma das razões.
Para que a F1 altere suas regras de motores, é necessário o apoio da FIA, da Formula One Management (FOM) e de quatro dos cinco fabricantes de motores atuais. A oposição da Audi, por si só, pode não ser suficiente para barrar a mudança. Se Mercedes, Honda, Ferrari e Red Bull apoiarem os motores V10, a FIA poderá seguir nessa direção.
No entanto, Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, enfatizou a importância de uma decisão justa e afirmou: “Se nove pessoas forem a favor e uma for contra, e essa pessoa estiver em uma situação injusta, tentaremos protegê-la”. Tombazis garantiu que a F1 não agirá com pressa e que a opinião de todas as partes será considerada.
Em relação às futuras mudanças, o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, declarou que a equipe está aberta a adotar motores V8 ou V10 no futuro. “Na Mercedes, estamos sempre com a mente aberta. No futuro, podem ser motores de oito ou dez cilindros, atmosféricos ou turbo. Estamos dispostos a explorar todas as opções”, disse Wolff. No entanto, ele ressaltou que, por ora, a Fórmula 1 deve concentrar-se nas regras de motores turbo-híbridos que serão implementadas no próximo ano. A Honda, por sua vez, ainda não fez uma declaração oficial sobre as futuras regulamentações de motores.