FIA confirmou: Verstappen NÃO tem títulos da Fórmula 1
Max Verstappen é o grande nome da atual Fórmula 1. O astro da Red Bull acumulou vitórias, grandes conquistas e se consolidou de vez entre os maiores da principal categoria do automobilismo mundial. Mas se o Max está com o nome já garantido nos livros, a situação do pai é bem diferente.
Ao ouvir o sobrenome Verstappen, a primeira lembrança que vem à mente é Max. No entanto, os mais jovens podem não saber que já houve outro Verstappen na categoria. Sim, o pai de Max, Jos Verstappen, competiu na F1 por oito temporadas e apesar de sua velocidade, tinha uma reputação de se envolver em muitos incidentes na pista.
Jos Verstappen chegou à Fórmula 1 de forma inesperada em 1994, após um excelente teste com a Benetton. Contratado como piloto reserva da equipe, que tinha Michael Schumacher e JJ Lehto como titulares, ele recebeu uma oportunidade quando Lehto sofreu um acidente na pré-temporada e ficou impossibilitado de correr nas primeiras etapas. Jos estreou no GP do Brasil, em Interlagos, mas sua corrida terminou em um acidente causado por Eddie Irvine.
Na corrida seguinte, no GP do Pacífico, ele estava a caminho de seus primeiros pontos quando rodou de forma bizarra logo após um pit stop. Com o retorno de Lehto em Imola, Verstappen voltou ao banco de reservas, mas reassumiu a vaga de titular no GP da França, onde rodou novamente e abandonou. Seu primeiro resultado completo veio na Inglaterra, com um oitavo lugar, mas ainda sem pontos.
GP da Alemanha foi um ponto marcante para Jos
Em uma corrida caótica, com vários abandonos logo na largada, Jos estava bem posicionado e tinha chances de conseguir seu primeiro pódio. No entanto, um erro grave da Benetton comprometeu tudo. Para reduzir o tempo de parada, a equipe removeu o filtro de segurança da mangueira de reabastecimento, tornando o processo arriscado. Em Hockenheim, durante o pit stop de Verstappen, a gasolina vazou, e o carro explodiu em chamas.
Felizmente, os mecânicos conseguiram controlar o incêndio rapidamente, e Jos sofreu apenas queimaduras leves no rosto, escapando de um desastre maior. O incidente revelou a irregularidade da Benetton, que foi severamente multada por ignorar as diretrizes da Intertechnique, fornecedora dos equipamentos de reabastecimento.
Após o susto, veio a redenção. No GP da Hungria, Jos largou em 12º e conquistou seu primeiro pódio na Fórmula 1 ao terminar em terceiro. O feito se repetiu na Bélgica, quando Schumacher foi desclassificado por desgaste excessivo da prancha de madeira do assoalho de seu carro.
No entanto, nos GPs seguintes, Verstappen não manteve o desempenho. Abandonou em Monza após um furo no pneu e terminou em quinto em Portugal. No GP da Europa, rodou e abandonou novamente. Com isso, a Benetton optou por substituí-lo por Johnny Herbert nas corridas finais da temporada.
Para 1995, Jos foi emprestado à Simtek e chegou a se destacar na Argentina, onde correu entre os seis primeiros. Porém, a equipe enfrentava sérios problemas financeiros e fechou as portas após apenas três corridas. Verstappen passou o restante do ano como piloto de testes da Benetton e da Ligier.
Em 1996, garantiu um lugar na Footwork (antiga Arrows), que havia sido comprada por Tom Walkinshaw. Ele começou bem e marcou um ponto na Argentina, mas o carro era limitado, e, tentando compensar isso, Jos começou a se envolver em diversos acidentes.
No ano seguinte, foi para a decadente Tyrrell, que ainda utilizava motores Ford de oito cilindros. Superado pelo companheiro Mika Salo, ficou sem vaga na F1 em 1998. Chegou a testar pela Benetton, mas sem um contrato. Até que, com a demissão de Jan Magnussen, a Stewart o contratou. No entanto, o carro era pouco competitivo, e Verstappen foi superado por Rubens Barrichello.
Sem lugar no grid em 1999, ele assinou com a Honda para desenvolver um carro que estrearia em 2000. O projeto avançava bem, mas foi cancelado após a morte do projetista Harvey Postlethwaite. Jos acabou sem equipe.
No ano 2000, retornou à Arrows. O carro surpreendeu na pré-temporada e garantiu bons patrocinadores. Com velocidade nas retas e um tanque menor, permitia brigas com equipes de ponta em certas pistas. Verstappen brilhou em Montreal e Monza, terminando em quinto e quarto, respectivamente.
Em 2001, permaneceu na Arrows, mas a equipe perdeu competitividade. No GP da Malásia, com pista molhada, Jos chegou a andar em segundo, mas terminou em sétimo após um pit stop ruim. No Brasil, cometeu um erro e tirou o líder Juan Pablo Montoya da prova. Seu único ponto na temporada veio com um sexto lugar na Áustria. No fim do ano, foi substituído por Heinz-Harald Frentzen.
Sem vaga para 2002, recebeu uma oferta para ser reserva da Sauber, mas desistiu porque não cabia no carro. Em 2003, disputou sua última temporada na F1 pela Minardi, sem conseguir resultados expressivos. Após 107 corridas e dois pódios, deixou a categoria como o piloto holandês mais bem-sucedido até então, mas, sem nenhum título mundial.
Jos ainda competiu por alguns anos em categorias como A1GP e Le Mans Series, mas eventualmente se dedicou à carreira do filho, Max, que já demonstrava grande talento no kart.
Max Verstappen chegou à Fórmula 1 como um furacão, impressionando a todos. Após uma boa temporada na Toro Rosso, foi promovido à Red Bull, substituindo Daniil Kvyat. Em sua estreia pela equipe principal, venceu o GP da Espanha, tornando-se o mais jovem vencedor da história da categoria.
Com o pai sempre por perto, Max evoluiu rapidamente, mas a presença constante de Jos causou certo desconforto na Red Bull. A equipe sugeriu que ele se afastasse de algumas corridas para permitir que o filho focasse melhor nos fins de semana. A estratégia deu certo: Max se tornou mais consistente e consolidou sua posição como um dos melhores pilotos do grid.