Pato O’Ward, piloto da McLaren na Indy, revelou que havia assinado um contrato com a Red Bull em 2019 para correr pela então Toro Rosso, futura AlphaTauri, na temporada 2020 da Fórmula 1. No entanto, a falta de uma superlicença da FIA impediu que ele concretizasse sua estreia na categoria máxima do automobilismo.
O’Ward já era um destaque na Indy e havia demonstrado interesse em migrar para a Fórmula 1. Em 2019, a Red Bull o integrou ao seu programa de jovens pilotos, planejando colocá-lo na Toro Rosso na temporada seguinte. Charlie Whiting, então diretor de provas da F1, chegou a conceder a superlicença necessária para que o mexicano pudesse competir.
Contudo, mudanças no sistema de pontuação da superlicença pela FIA pouco tempo depois reduziram o valor do título de O’Ward na Indy Lights, o que resultou na perda de sua elegibilidade. Sem a licença, ele foi impedido de assumir o lugar na Toro Rosso, e a Red Bull encerrou sua participação no programa júnior ao final daquele ano.
“Helmut Marko me contratou. Assinei um contrato de Fórmula 1 que me garantiria uma vaga na Toro Rosso no final de 2019”, explicou O’Ward no podcast Creativo, de Roberto Mtz. “Mas Charlie Whiting havia falecido, e ele era quem já tinha concedido a superlicença. No fim, não consegui porque teria que assumir o lugar de um francês. Foi uma questão política.”
Mexicano não conseguiu os pontos necessários
O mexicano provavelmente se referia a Pierre Gasly, que voltou à Toro Rosso no segundo semestre de 2019 após ser substituído por Alex Albon na Red Bull. O’Ward tentou garantir os pontos necessários competindo na Super Formula no Japão, mas não completou a temporada, o que frustrou suas chances.
“Eu tinha os pontos, mas eles não quiseram reconhecer meu título da Indy Lights devido ao número de carros no campeonato”, detalhou. “Sem a licença, a parceria com a Red Bull foi rompida porque eu não era mais útil para eles. Mas eu deveria ter corrido quando Gasly era o companheiro de Max Verstappen na Red Bull”, concluiu.