FIA manda recado e chance de suspensão para Verstappen é real

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Os pilotos da Fórmula 1 estarão sujeitos a punições mais severas por “mau comportamento” a partir de 2025, incluindo a dedução de pontos e até suspensão. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou nesta quarta-feira (22) o novo código esportivo, que endurece as sanções relacionadas à conduta e postura dos competidores.

De acordo com o artigo 12.2.1 do código, atos como o uso de palavras, ações ou escritos que causem “lesão moral ou prejuízo à FIA, seus órgãos e executivos”, além de comprometer os valores e interesses do esporte a motor, estão sujeitos a uma multa inicial de € 10 mil (aproximadamente R$ 62 mil). Outras infrações incluem “má conduta”, “demonstrações políticas ou religiosas” e “desrespeito às instruções sobre participação em cerimônias oficiais”.

Na Fórmula 1, essas penalidades podem ser significativamente maiores. A multa inicial pode ser quadruplicada, chegando a € 40 mil (cerca de R$ 247 mil). Em caso de reincidência, a sanção sobe para € 80 mil, acompanhada de suspensão por um mês. Uma terceira violação pode acarretar multa de € 120 mil (aproximadamente R$ 742 mil) e a dedução de pontos no campeonato.

Max Verstappen corre o risco de suspensão

Um caso para se ficar de olho é do tetracampeão Max Verstappen. O piloto da Red Bull já acumula oito pontos na superlicença e com mais quatro é penalizado com uma corrida de suspensão na Fórmula 1. Isso é um risco real, principalmente depois das polêmicas envolvendo o astro e a FIA na última temporada;

O aumento no rigor das punições ocorre após um 2024 marcado por tensões entre os pilotos e a FIA. Max Verstappen foi obrigado a prestar serviço comunitário após usar linguagem imprópria durante uma coletiva de imprensa no GP de Singapura, o que gerou sua indignação. O piloto participou das atividades de imprensa da FIA de maneira protocolar e convocou jornalistas para fora da sala em protesto.

Em novembro, um incidente semelhante envolvendo Charles Leclerc resultou em uma multa, levando a Associação dos Pilotos de Grand Prix (GPDA) a publicar uma carta criticando duramente a postura da FIA.

Já em dezembro, o presidente Mohammed Ben Sulayem aprovou mudanças no estatuto da Federação, fortalecendo a autonomia da administração e limitando as formas de responsabilização interna, o que também gerou controvérsias no meio esportivo.

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