Grande amigo de Schumacher reaparece e fala sobre atual situação do ex-piloto
A trajetória de Jean Todt na Ferrari é um dos capítulos mais marcantes da história da Fórmula 1. Chegando à Scuderia na década de 1990, Todt conseguiu transformá-la à sua maneira, mantendo a equipe unida mesmo diante de desafios e derrotas dolorosas, como os Campeonatos Mundiais de 1997, 1998 e 1999.
O verdadeiro ponto de virada veio nos anos 2000, quando ele consolidou uma era de domínio absoluto, tendo Michael Schumacher como grande protagonista. Aliás o heptacampeão, tornou-se ao longo dos anos grande amigo de Todt. Após sua passagem pela Ferrari, o ex-chefão assumiu um novo desafio na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ocupando o cargo de presidente entre 2009 e 2021.
Antigo chefe fala o que pensa e revela decepção
Em entrevista ao La Repubblica, Jean Todt expressou certa decepção com a Ferrari após sua saída:
“Desde que deixei a equipe, conversei com alguns membros, mas, desde que saí da FIA, nunca mais tive contato. Fico perplexo ao pensar no tempo e na dedicação que tive por essa empresa incrível e nos resultados que alcançamos.”
O ex-diretor e CEO da Ferrari relembrou sua chegada à equipe:
“Quando cheguei em 1993, encontrei um verdadeiro castelo em ruínas. O setor de design ficava na Inglaterra, o túnel de vento era antigo e ineficaz. Mas, aos poucos, transformamos tudo em uma joia. Eu não teria conseguido nada sozinho, minha habilidade foi reunir e manter um time unido por anos, transformando-o em uma equipe dos sonhos. Os 14 títulos conquistados estão registrados na história, foi o período mais vitorioso da Ferrari.”
Jean Todt e Michael Schumacher
A relação entre Todt e Schumacher permanece próxima, mesmo após o grave acidente sofrido pelo heptacampeão em dezembro de 2013. Sobre o assunto, Todt mantém sua habitual discrição:
“A família decidiu não tornar públicas certas informações, e eu respeito essa escolha. Vejo Michael e sua família regularmente e com muito carinho. Nosso vínculo vai além do que construímos no automobilismo. Ele faz parte da minha vida, que hoje está distante da Fórmula 1.”