Lugar de grande alegria para Nelson Piquet pode entrar no calendário da Fórmula 1
O governo da África do Sul abriu uma Solicitação de Manifestação de Interesse (SMI) para que aqueles interessados em apoiar a candidatura do país para sediar novamente um Grande Prêmio de Fórmula 1 se manifestem. O anúncio foi feito pelo ministério de Esportes, Artes e Cultura do país, com a previsão de que o circuito escolhido para o evento tenha um contrato de transmissão com a F1 a partir de 2026 ou 2027, com duração de dez anos.
Os interessados têm até 31 de janeiro para se inscrever. A África do Sul não recebe um GP de Fórmula 1 desde 1993, quando o circuito de Kyalami, ao norte de Joanesburgo, foi palco da corrida de abertura da temporada.
Lugar de grande recordação para Nelson Piquet
A África do Sul é um lugar de grande recordação para o brasileiro Nelson Piquet. Foi lá, em 1983, que o brasileiro conquistou o bicampeonato mundial da Fórmula 1, ao vencer a batalha contra Alain Prost, então piloto da Renault.
No final de 2023, os promotores do circuito de Kyalami haviam informado que estavam em conversas com Stefano Domenicali, presidente da F1, e com o ministro McKenzie. As reformas no circuito sul-africano já avançaram, com o objetivo de obter o certificado de Grau 1 da FIA, necessário para sediar uma corrida da categoria.
No entanto, o documento de 37 páginas divulgado pelo ministério não confirma que o circuito de Kyalami será o escolhido. As cidades e pistas interessadas devem se manifestar para futura consideração. Um dos critérios é que o local tenha capacidade para receber ao menos 125 mil pessoas. O governo sul-africano também está em contato constante com Domenicali para garantir que os padrões exigidos pela F1 sejam atendidos.
Lewis Hamilton e Stefano Domenicali são a favor de uma corrida na África, com o heptacampeão da Ferrari mencionando especificamente a África do Sul como uma forma de “exaltar a Pátria-Mãe”.
A ideia de trazer a F1 de volta ao continente africano não é nova. Stefano Domenicali afirmou em 2022 que uma de suas prioridades era inserir uma corrida na África, o único continente que ainda não tem etapas no calendário da F1. No entanto, a África do Sul não é a única candidata.
No final de 2024, Ruanda também oficializou sua candidatura, com o presidente Paul Kagame liderando o projeto para sediar uma etapa da F1 pela primeira vez. O país planeja construir um novo circuito nos arredores da capital Kigali, onde também está sendo erguido um novo aeroporto.
Apesar da concorrência, Gayton McKenzie afirmou que o objetivo da África do Sul não é competir diretamente com as outras candidaturas africanas, mas sim buscar garantir um maior número de corridas no calendário da F1, que desde 2024 conta com 24 provas anuais, um número recorde.
A história da África do Sul com a F1 começa em 1960, quando o Autódromo Prince George sediou corridas até 1966. A partir de 1967, o evento foi transferido para o circuito de Kyalami, onde permaneceu até 1993.