Possível “problema” de Hamilton está na boca do povo e Ferrari se manifesta
No dia da tão aguardada estreia do SF-25 na pista, o chefe da Ferrari, Fred Vasseur, concedeu a tradicional entrevista coletiva, abordando diversos temas. Como esperado, um dos assuntos mais debatidos foi a chegada de Lewis Hamilton à equipe italiana.
O heptacampeão mundial é um antigo protegido de Vasseur, que trabalhou com ele nas categorias de base antes de sua entrada na Fórmula 1. Passadas duas décadas, o chefe da escuderia não demonstra preocupação com a condição física do piloto, um assunto muito falado entre torcedores e especialistas.
Idade não é um problema
“Tenho receio da idade de Hamilton? Acho que ele já demonstrou seu valor em Abu Dhabi, largando do fundo do grid e terminando em quarto lugar, ultrapassando Russell na última volta”, destacou Vasseur, sem hesitação. “Seu ritmo segue forte, mas eu nunca tive dúvidas. Ele certamente não é o mesmo Lewis com quem trabalhei no passado. Está 20 anos mais velho, mas todos evoluem, amadurecem e acumulam experiência. Ele será o parceiro ideal para a equipe. É exatamente o que eu buscava para a Ferrari, para mim e para Charles.”
O desenvolvimento do novo carro da equipe
Durante a conversa, Vasseur também abordou o desenvolvimento do novo carro e a importância da experiência de Hamilton para aprimorar o desempenho do SF-25.
“Todo feedback faz parte do desenvolvimento do carro”, explicou o chefe da Ferrari. “E Lewis já está envolvido nesse processo, mesmo tendo feito apenas dois TPCs (testes privados) antes de entrar na pista. Suas impressões são sempre valiosas. No ano passado, terminamos apenas 14 pontos atrás da McLaren, o que significa que a diferença foi menor que um ponto por corrida. Pequenos detalhes fazem toda a diferença. Não se trata de uma revolução no carro, mas de encontrar melhorias pontuais que possam representar um avanço significativo.”
Vasseur ressaltou que a chegada de Hamilton trará novos elementos para a equipe: “Ele traz sua experiência e histórico, o que certamente ajudará no desenvolvimento em diversas áreas. Vamos comparar motores, chassis e a forma como operamos na pista. O importante é que a equipe tenha coragem de questionar e buscar melhorias. Esse é o meu papel e o trabalho dos nossos engenheiros.“